terça-feira, 28 de agosto de 2007

Itapetim dos tempos de outrora


Nos primórdios do século XVIII a região foi habitada por uma tribo indígena denominada Babicos.

Ancestralmente, Itapetim recebeu o nome de Umburanas devido à imensa quantidade de árvores nativas com essa nomeação.

Discorrer sobre a origem histórica desse centro urbanístico é rememorar seus fundadores: tropeiros, almocreves, que transportavam bens tangíveis, principalmente gêneros alimentícios,vindos da localidade Lagoa de Baixo,atual Sertânia, e Flores, em Pernambuco, para Princesa Isabel e Espinharas,na Paraíba.

Homens tangedores de azêmolas,em comboio,conduziam suas tropas fazendo tal percurso,numa viagem expandida, que levava de seis a oito dias ao destino almejado. No transcorrer, realizavam paradas em pontos diversos para seus descansos - e das alimárias. As umburanas,frondosas e de generosa sombra, serviam como lenitivos aos tais recoveiros,e estavam sempre à ribeira do Pajeú. Ao lado esquerdo do rio,no sítio Rio Limpo (hoje propriedade dos familiares do saudoso João Amaro Cordeiro), ficavam tais árvores de madeira nobre. Os dias foram sucedendo e os mercadores aumentavam em quantidade, tornando-se rotina acamparem por ali para o sistema de trocas de mercadoria.

Em virtude do aumento do trânsito e dos contínuos encontros em tal paragem,surgiu-se um comércio mais pujante: tecidos,louças,jóias,calçados,dentre outros artigos vários,fincaram pé - e assim nasceu a feira das Umburanas,por volta de 1878.

Na segunda metade do século,deu-se a povoação com a chegada de dois portugueses: Pedro Mendes de Barros e Inácio Cunha, que se interessaram por estas plagas,fixando-se para desenvolver culturas de milho, feijão, mandioca, batata-doce, bem como criação de rebanho bovino, caprino e aves domésticas adaptadas às nossas condições meteorológicas.

Com o passar dos anos,o senhor Amâncio Pereira,um dos primeiros procedentes do lugarejo,vendo o crescimento da população umburanense,e sendo um homem prático, de idéias progressistas,teve a iniciativa de construir uma casa comercial (a primeira de alvenaria,erigida ao lado do rio Pajeú (ainda existente).

Amâncio Pereira José,José Antônio e Virgulino Soares,considerados os fundadores na nascente vila,construíram as primeiras habitações, e lá moraram seus familiares. Religioso ao extremo,incitou às pessoas já climatizadas na terra a conceber uma capelinha, que ficava defronte à casa de "seu" Amâncio,onde hoje está o "Dance Music Casarão". Esse pequeno templo permaneceu funcionando até o ano de 1914, quando o Padre José Guerel,da Paróquia de São José do Egito,arquitetou nossa Igreja Matriz de São Pedro das Lages, concluída muito depois pelo Cônego João Leite Gonçalves, o primeiro vigário.

Padre João fixou-se aqui em 1928, tornando-se um dos grandes vultos da nossa história, pela dedicação e amor intransponíveis a este pedaço de terra do Sertão pernambucano. Foi um veemente chefe político sempre ligado as forças políticas da direita. Grande batalhador pela emancipação nossa, fez benefícios na primeira escola, nos Correios, estradas, e que-tais.

Voltando à figura do Padre Guerel. Conta-se que,por problemas sociais envolvendo seu país de origem, a França, e também forçado pela Primeira Guerra Mundial,ele imigrou para o Brasil. Aqui chegando, abancou-se na cidade de São José do Egito. Trazia consigo dois objetivos básicos: sair ileso de sua nação e edificar uma igreja em louvor a São Pedro,assim como explorar e cultivar a agricultura local. Fazia celebrações periódicas de missas nos arredores. E encontrou o terreno ideal ao seu sonho: Umburanas. O religioso citado morreu de forma trágica a 9 de dezembro de 1915,quando uma barreira de açude que estruturava despencou sobre seu corpo enquanto ele cochilava,sob tal barranco, num pós-almoço.

Em relação ao Padre João Leite Gonçalves,figura ultra carismática,ele nasceu no dia 7 de julho de 1903 no Pajeú. Filho de Cláudio Leite de Andrade e Josefa Gonçalves de Andrade. Ao cursar o primário, descobriu sua vocação para o sacerdócio,demonstrando aos seus familiares o desejo de estudar Teologia. Entrou para o Seminário de Pesqueira,concluindo o Ginásio e o Clássico. Em seguida,deu um passo importantíssimo,ingressando no Seminário de Olinda, onde finalmente cursa Filosofia e Teologia - fato que culminou com sua ordenação plesbiterial realizado por Dom José Antônio de Oliveira Lopes,no dia 2 de abril de 1927. Já como padre,iniciou seus trabalhos religiosos na cidade de Buíque-PE, e, em seguida,em Pedra de Buíque. Mediante as labutas exemplares,foi convocado pelo Bispo da Diocese de Pesqueira para ser seu secretário. Finalmente, realiza sua paixão anorável de servir a seu povo na terra natal. Nomeado vigário da Paróquia de São Pedro das Umburanas no dia 4 de janeiro de 1928, assumiu-a,em definitivo,no dia 09 do mesmo mês.

Ele preencheu uma grande pauta de atividades prestadas à nossa gente. Mais que religioso,foi um político que lutou com garra por cada obra que surgiu aqui - e que deixou sua marca indelével. Doou 42 anos de sua digníssima vida a Itapetim,falecendo a 1 de dezembro de 1969.

Voltando às priscas eras itapetinenses. A celebração da primeira missa aqui,foi conduzida pelo padre Manoel Gomes,da paróquia de São José da Ingazeira, hoje São José do egito, juntamente com Frei Ibiapina da Ordem dos Franciscanos. Eles foram hospedados na casa de três vitalinas, que exibiram aos religiosos uma imagem de São Pedro,encontrada numa gruta de pedra alteada pelos portugueses nossos pioneiros. Em homenagem,Ibiapina batizou a Capela de São Pedro, que, mais tarde,seria o padroeiro de nossa urbe.


[editar] Denominações
O primeiro nome de Itapetim foi Umburanas,pelo fator já descrito. Quarenta e três anos depois do início do povoamento, chamou-se São pedro das Lages,pelo decreto nº 92 de 31 de março de 1928. Passada uma década,pela Lei nº 235 de 9 de dezembro de 1938,já na categoria de Vila,nomear-se-ia Itapetininga,permanecendo apenas a Paróquia com o nome primevo. Em 31 de dezembro de 1943 pelo Decreto-Lei n} 952 foi novamente alterado o nome devido a uma cidade homônima do interior de São Paulo. A partir desta data,o município passou definitivamente ao nome atual,pela Lei nº 1818 de 29 de dezembro de 1953,Itapetim torna-se Município,ficando desmembrado,graças a DEUS!,de São José. Na época,o governador de Pernambuco era o Dr. Etelvino Lins de Albuquerque e o projeto foi apresentado à Assembléia Legislativa pelo então deputado Manoel Santa Cruz Valadares e impulsionado pelo seu companheiro Walfredo Paulino de Siqueira,ambos de São José do Egito. vale salientar que Valadares foi o primeiro juiz da Comarca de Itapetim.

Em 1º de junho de 1954,em sessão presidida pelo Padre João leite,no grupo Escolar Dom José Lopes,onde funcionou provisoriamente a Prefeitura Municipal,foi inaugurada a instalação do município com a posse do 1º prefeito nomeado,Francisco José de Maria ("Chico Santos"). Ele teve um mandato de 18 meses. (Texto elaborado,com algumas alterações vocabulares,a partir do original do Professor Benones Lopes,retirado do livro "ITAPETIM: histórias de seu povo",por Paulo Patriota em 25 de Maio de 2006.)

OS PRIMEIROS DE ITAPETIM Por Adalva Bezerra

A primeira cisterna d'água,pertencente a Juvêncio Bezerra da Silva,foi construída em 1932 por Otaviano França;

A primeira capela foi instalada na hoje Praça Rogaciano Leite.

A primeira telegrafista dos Correios,foi Dona Júlia Malta.

O primeiro major da polícia,foi Pedro Malta e o primeiro capitão,o Sr. José Malta.

Os primeiros agricultores que começaram as atividades agrícolas foram: Zé Paulino,Pedrinho Pereira,João Ritinha,José Ritinha,José Nunes,Izidro Paes,Delfino Alves,Zezinho Santos,Odilon Alexandre,João Lêla,João Alves,Manoel Laureano,Juvino da Penha,Chico Santos,Joaquim de Fonte,Paulo Nunes,Antônio Delfino,Serafim Piancó,Manoel Garra,Pedro Batista,Antônio Lopes de Souza,Seu Nobelino,entre outros.

O primeiro enterro no Cemitério foi o de uma moça chamada Agda.

O primeiro motor que proporcionaria energia elétrica em nossa cidade chegou em 1942. Era ligado diariamente pelo Sr. Biu Cardoso,a partir das 18:00 horas até as 22:00 horas.

O primeiro barbeiro que instalou ponto comercial no centro da então Umburanas,foi o popular José Barbeiro,juntamente com sua esposa,Dona Regina.

As primeiras bordadeiras foram: Matildes Lourdes Correia,Maria de Albino,Maria das graças. As primeiras alunas: Maria José Rêgo Lopes,Socorro Ventura,Adalgisa Ricardo,Lourdes Marques,entre outras.

Os primeiros comerciantes de lojas de tecidos foram: Juvêncio Bezerra,oriundo de Belo Jardim-PE,José Rêgo Monteiro e Aderbal,seu filho,que vieram de Teixeira-PB,João Leão,Simão Leite,entre outros.

Os primeiros alfaiates foram: Pedro e Manoel Malta (conhecido popularmente por Nezinho Malta).

As primeiras mercearias,tradicionais bodegas,pertenciam às seguintes pessoas: Lucas Ricardo,João Ricardo,Joaquim Mariano,Joaquim Gomes,Luiz Rocha e Pedro Balbino da Silva.

Os primeiros comerciantes de cereais foram: Juvino da Penha,Pedro Balbino da Silva,João Lêla,Anatólio Rêgo Monteiro,dentre outros.

As primeiras farmácias de Itapetim tinham como proprietários,Francisco Maginário,o "Pai Xixi",Miguel Maginário,Otaviano Correia e João dos Passos.

O primeiro posto de gasolina foi instaurado por Diógenes Paes da Silva,nos anos 60. A primeira loja de auto peças também,em 1970.

Os primeiros missangueiros foram: Sebastião Marques,Severino "Pai Velho",João Lucas,Cosme de Elizeu e Manoel.

A primeira costureira renomada foi a Senhora Teresa Torres,esposa de José Costa Grande.

As primeiras hoteleiras que faziam doces,cocadas,beiras-secas,pés-de-moleque,bolos,entre outras iguarias,foram: Amara Patriota,Rita Batista,Dona Balbina e Ritinha de José Gongol.

A primeira padaria de Itapetim pertencia ao Sr. Francisco Santos,conhecido por "Seu Branco",e funcionava na Rua Juvino Leite.

Os três primeiros tabeliões foram: Zuza de Deus,sua filha Terezinha de Deus e Raquel Nunes de Araújo,filha de João Nunes.

As primeiras parteiras: Maria Silva,Dona Bolipinha e Teresa Soares.

Os primeiros sapateiros foram: Seu Paizinho e Antônio Machado.

As primeiras professoras formadas,que vieram do Recife para Itapetim foram: Carolina Barbosa da Silva,Isnar de Moura,Rosa,Juraci Mirian e Ida Lira. As primeiras professoras formadas,filhas da terra,foram: Júnia Bezerra,Hilda Leite,irmã de Pe. João Leite,Anísia Bezerra de Farias. Quando Itapetim ainda era Vila,os primeiros professores não-formados foram: Maria Correia,Otacília Patriota,Seu Vicente e Pedro Nunes.

O primeiro carteiro de Itapetim foi Rangel,o popular João Grilo.

Os primeiros atendentes na área de Medicina,mesmo não-formados foram: Juvino Leite,Oliveira Lopes e Juvêncio Bezerra.

Os primeiros médicos formados,advindos do Recife,foram: Dr. Clístenes Péricles Leal e o popular "Língua de Aço" (pelo hábito de lidar com bois).

A primeira equipe de futebol teve como fundador Pedro Nunes,exibindo como destaques os jogadores: João Grilo,Alfredo Borges,Eugênio Nunes,João I e João Pequeno (irmãos),Zezo Correia Patriota (José Maria Filho),Messias Rocha,Orlando Grilo e João de Xixica.

A primeira locutora de difusora,que funcionava onde hoje é a Casa Paroquial,foi a Senhora Gesumira Venceslau de Farias.

Os primeiros seresteiras da Vila de Umburanas foram: Jaime Ventura,José Malta,que tocavam violão; Francisquinho,que tocava e cantava,e Quinquinho de Possidônio,que tocava saxofone.

Os primeiros organizadores de eventos,como: shows,teatros,bailes e coisas do gênero foram: Otacília Patriota e suas alunas Anísia,Judite,Júnia e Adalva,da família Bezerra,Juberlita Costa,Luiza Nino,Jacimã Leite,Dorotéia Batista,Alnita Batista,Angelita Costa,Antônio Tavares,Julieta Malta,entre outras,que realizavam apresentações em Desterro e São José do Egito.

O primeiro automóvel que chegou a Itapetim foi um calhambeque pertencente a Serafim Piancó.

O primeiro mecânico de veículos foi o Sr. Oswaldo Silva,casado com Dona Gigi,irmã de Seu Geraldo Mariano.

Os primeiros carnavais foram organizados pelos músicos: Albino Alves e Miguel Alves da Costa,que tocavam pistom; Ernesto Lino,João Bom e Alberto Nunes,que tocavam clarinete; José Gongol,que,além de maestro,tocava tuba. Como foliões,participavam Aderbal Rêgo Monteiro,Tim Rêgo,João Ricardo,Otaviano Correia,Antônio Correia,Geraldo Marques,Luiz Sousa Lima,Geraldo Mariano; as foliãs: Alaíde Leite,Gesumira Venceslau,Adalva Bezerra,Júnia Bezerra,Giselda Alves Nogueira,Terezinha Vilar do Rêgo (Teca de Jacinto),Vilani Patriota,Lourdes Marques Bezerra,Maria José Lopes Rêgo (Dona Mazé de Tim),Luiz Nino,Djaly Paes da Silva,Alzira Costa,Lizete Patriota,Madá Patriota,Sueli Davi,Juvita Costa... Tudo ocorria no saudoso "Salão Grande",onde hoje existe um prédio moderno,mas inativo.

As primeiras bolandeiras de algodão pertenceram a Leocádio Rocha e Joaquim de Fonte.

Fonte : http://itapetim-historia.blogspot.com/

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Itapetim: a cidade que um dia acreditou na riqueza do ouro


Situado no Sertão do Pajeú, bem próxima à divisa dos Estados de Pernambuco e Paraíba, o município de Itapetim um dia acreditou na riqueza da extração de ouro. Foi nos anos 40, quando uma mina localizada no pacato distrito de Piedade trouxe a esperança (posteriormente não confirmada) de que o nobre metal seria a grande alternativa econômica para aquela região castigada pelas secas.

A princípio, todos os moradores da cidade ficaram eufóricos - até porque a mina foi tida como a terceira maior do Brasil. Mas, à medida que as escavações prosseguiam, o sonho da riqueza foi-se desmanchando. Sim, era verdade que ali havia ouro. Porém, um problema se apresentava: a extração era economicamente inviável. A euforia, então, cedeu lugar a um certo desânimo até que, em 1985, a mina foi desativada.

Da dourada riqueza que chegaria do dia para a noite, ficaram apenas algumas histórias que hoje fazem parte da memória local. Mas, Itapetim não vive somente do passado, ou melhor, não vive só desse passado que foi um sonho. A cidade tem uma rica tradição cultural na qual têm destaque vários poetas populares que se tornaram grandes nomes das poesias oral e escrita do Nordeste brasileiro.
Para não citar vários nomes, basta lembrar dois desses poetas que Itapetim exportou para o Nordeste, ambos já falecidos: Rogaciano Leite e Antônio Pereira. O primeiro deixou versos publicados e um dos seus poemas (“Os Trabalhadores”) ficou registrado na Praça de Moscou, da então União Soviética. O segundo mal assinava o nome, nunca deixou o sítio onde nasceu, mas os seus versos ganharam o mundo.
Antônio Pereira de Moraes – O Poeta da Saudade
Conhecido como o poeta da saudade, Antônio Pereira nasceu a 13 de novembro de 1891, no sítio Jatobá, hoje município de Itapetim, onde viveu até a morte, a 07 de novembro de 1982. Violeiro e poeta popular, ele mal assinava o nome e nunca fez da arte a sua profissão, tendo sobrevivido como modesto agricultor.
Antônio Pereira participava de jornadas de improviso apenas com os amigos e os seus versos sobreviveram ao tempo porque eram repassados verbalmente pelos seus admiradores que os decoravam. Em 1980, com a ajuda de amigos, publicou seu único folheto, "Minhas Saudades", uma coletânea de sua poesia.
Alguns versos do poeta:
Saudade é um parafusoQue na rosca quando cai,Só entra se for torcendo,Porque batendo num vaiE enferrujando dentroNem distorcendo num sai.
Saudade tem cinco fiosPuxados à eletricidade,Um na alma, outro no peito,Um amor, outro amizade,O derradeiro, a lembrançaDos dias da mocidade.
Saudade é como a resina,No amor de quem padece,O pau que resina muitoQuando não morre adoece.É como quem tem saudadeNão morre, mas adoece.
Adão me deu dez saudadesEu lhe disse: muito bem!Dê nove, fique com umaQue todas não lhe convêm.Mas eu caí na besteira,Não reparti com ninguém.
Rogaciano Leite – o poeta filósofo
Rogaciano Bezerra Leite nasceu no sítio Cacimba Nova, hoje município de Itapetim, a 30 de junho de 1920, filho dos agricultores Manoel Francisco Bezerra e de Maria Rita Serqueira Leite. Iniciou a carreira de poeta-violeiro aos 15 anos de idade, quando desafiou, na cidade paraibana de Patos, o cantador Amaro Bernadino.
Em seguida, Rogaciano Leite foi para o Rio Grande do Norte onde conheceu e iniciou amizade com o renomado poeta recifense Manoel Bandeira. Aos 23 anos de idade, mudou-se para Caruaru, no agreste pernambucano, onde apresentou um programa diário de rádio. De Caruaru, seguiu para Fortaleza(CE), onde tornou-se bancário.
Entre 1950 e 1955, Rogaciano residiu nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. No Rio casou-se com Maria José Ramos Cavalcanti, com quem teve os filhos Rogaciano Filho, Anita Garibaldi, Roberto Lincoln, Helena Roraima, Rosana Cristina e Ricardo Wagner. Em 1968 deixou o Brasil para uma temporada na França e outros países da Europa. Na Russia deixou gravado em monumento na Praça de Moscou o poema "Os Trabalhadores”.
Alguns dos poemas mais conhecidos de Rogaciano Leite: "Acorda Castro Alves", "Dois de Dezembro", "Poemas escolhidos", "Carne e Alma", "Os Trabalhadores", e "Eulália". Rogaciano faleceu, de enfarte do miocárdio, no Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, a 07 de outubro de 1969. O corpo do poeta está sepultado no cemitério São João Batista, em Fortaleza, Ceará.
Rogaciano Leite foi, ainda, jornalista e era formado em Direito e Letras. Livro publicado: Carne e Alma, Irmãos Pongetti Editores, Rio de Janeiro, 1950, prefácio de Luís da Câmara Cascudo.
Fonte: Site Pernambuco de A a Z